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Mensagens: Cumprir Abril

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No mês em que se assinala meio século de liberdade e democracia, momento cimeiro da memória coletiva e identidade nacional proporcionado pela Revolução de 25 de Abril de 1974, o Jornal Correio de Sintra, recolheu algumas opiniões, para saber ser esta conquista de todos nós, está segura e consolidada.

O que ainda nos falta para cumprir abril?
Cinquenta anos depois, o que importa reter e sublinhar, para garantir e consolidar a democracia e liberdade?

Basílio Horta (Presidente da CMS)
(…) O 25 de abril é passado, mas, para nós, os seus valores são vividos em permanência, com os olhos postos no futuro enquanto esperança na construção de uma sociedade cada vez mais livre e de um sistema político cada vez mais equitativo. (…) Saibamos, pois, amarrar o 25 de Abril ao futuro, honrando os seus princípios e o capital incontornável que representou para a vida de todos nós”.

Valter Januário (Autarca)
(…) É importante reter as liberdades que foram conquistadas em 25 de abril de 1974, preservar e perceber a sua importância. Ainda temos um caminho a percorrer, nomeadamente, por exemplo, nos direitos e nas igualdades”.

Jozé Sabugo (Teatro)
“O medo, continua a preocupar as primaveras floridas dos 50 anos de Liberdade e a calma, dos brandos costumes, por vezes ruidosa, deu apenas sinais de uma Democracia airosa. É uma realidade, a importância do 25 de Abril para fazer cumprir o bem sonhado fado da Revolução dos Cravos, de 1974.”

António Rodrigues (Deputado)
Em abril o país mudou . Deixou de ser provinciano e tacanho. Mas a liberdade e a democracia proporcionada em 1974 reconquista-se todos os dias. Em meio século o país e o mundo mudaram mas o desafio será constante para em cada dia melhorar a vida coletiva.

José Pinto António (Empresário)
(…) Nestes 50 anos do 25 de abril, ainda temos coisas para conquistar. Uma delas e que me preocupa é a falta de respeito entre as pessoas, sobre os mais diversos assuntos. É preciso mais educação, civismo e respeito pelo próximo, estou a pensar nos idosos e nas crianças. Há muita gente desocupada, que vive de subsídio e sem orientação para o futuro. Faltam valores, acho.”

Pedro Ventura (Vereador CMS)
Nos 50 anos do 25 de abril de 1974 celebramos um dos momentos mais altos da história de Portugal, onde a concretização da vontade coletiva de derrotar uma ditadura com 48 anos é uma guerra colonial, afirmando os valores da liberdade, da fraternidade e da solidariedade na sua concretização através da erradicação das gritantes injustiças e desigualdades sociais. Foi também a afirmação da construção da democracia, ainda que inacabada, pela emancipação social e política dos trabalhadores e do povo e a formação da soberania e independência nacional.

Nuno Afonso (Vereador independente CMS)
“Como podemos falar em liberdade e democracia como dados adquiridos se ainda recentemente tivemos um governo que, de forma inconstitucional nos privou de direitos, liberdades e garantias, com o beneplácito de todos os partidos no hemiciclo? Como falar em liberdade se todos se preparavam para numa revisão constitucional nos coartar essa mesma liberdade? Como celebrar Abril, no ano em que um governo Regional cai por suspeitas de corrupção? Em que o Governo do país cai por suspeitas de corrupção? Em que o próprio Presidente da Republica se vê no meio de um escândalo?”

António Luís Lopes (Autarca)
(…) “O Estado Novo como o conhecemos durante 48 anos jamais regressará – mas os ideais de extrema Direita neo-fascista não morreram e possuem hoje em dia meios muito mais poderosos para iludir, convencer os incautos e manipular a natural insatisfação de alguns grupos sociais. Há até quem já queira diminuir o significado do 25 de Abril (…) é a derradeira tentativa de quem nunca suportou uma Revolução que trouxe igualdade, direitos, utopia.”

Guilherme Ponce de Leão (Autarca)
(…) É importante comemorar os 50 anos do 25 de abril, mas também é importante dizer que os propósitos da revolução, em muitos aspectos ainda não chegou à freguesia de São João das Lampas e Terrugem. Estamos abandonados pelo poder central e tudo o que temos, deve-se em parte à Câmara e em grande parte à junta de Freguesia. Cinquenta anos depois do 25 de abril, continuamos, por exemplo, sem médicos da família na freguesia em São João das Lampas e um médico na Terrugem, uma vez por semana. É muito ingrato e injusto”.

José Manuel Patrão (Empresário)
“A liberdade foi conquista, mas há ainda promessas e ensinamentos a retirar para cumprir abril. Acho que os políticos fazem promessas que não cumprem, e que têm como objetivo, conquistar o poder. É preciso olhar mais para o povo e sobretudo os jovens, para olhar o futuro de uma outra forma”.

Eduardo Quinta Nova (Vereador CMS)
“Ainda falta muito para cumprir abril, mas também é verdade que tanto foi feito, por exemplo na afirmação dos direitos, liberdades e garantias, nos direitos sociais, no acesso à saúde, demos um passo gigante. A verdade é que nem tudo está cumprido, Há um conjunto de valores e princípios constitucionais que continuam ainda por cumprir e que temos que os garantir”.

Rui Maximiano (Autarca)
(…) Estes novos tempos, após 50 anos da Revolução dos Cravos, são consequentes dos efeitos da evolução de Portugal, e sobretudo do mundo, a que estamos expostos. Há que ter de novo presente as capacidades do “povo unido”, condição necessária para garantir a continuidade da liberdade e da democracia conquistada em Abril de 1974, e ninguém deve ignorar o seu valor nesta construção permanente.

Elisabete Simões (Empresária)
(…) “No dia 25 de abril, pela manhã, estava na primária, no Externato de Santa Maria, na Vila de Sintra Maria [já extinto] e já dentro da sala de aulas, tenho ainda hoje a imagem perfeita de ver a minha professora a subir a um escadote e a tirar a fotografia de Salazar e do Américo Tomás ao cimo do quadro.

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