A “Casa Camacho” na Avenida do Atlântico, no Banzão, freguesia de Colares, foi demolida e já se iniciaram os trabalhos de construção uma pequena superfície comercial, da cadeia de supermercados Continente.
Recorde-se, em julho de 2015, moradores e os comerciantes manifestaram a sua preocupação e protesto com a possibilidade de ali ser instalada uma loja da cadeia Aldi, argumentando que o local deveria ser “preservado e recuperado”, e incluído numa em zona de paisagem protegida do Parque Natural Sintra-Cascais, “pela sua proximidade a um pinhal importante” e por se situar ao lado da Avenida Atlântico, estrada que liga Colares à Praia das Maçãs e às Azenhas do Mar. O projeto acabou por ser chumbado em 2017, pela Câmara Municipal de Sintra por questões ligadas ao impacto do tráfego rodoviário na zona.
Mais recentemente, em janeiro de 2023 o projeto de arquitetura foi aprovado para a edificação de uma superfície comercial, [Continente] e na sequência de pedido de informação prévia favorável de fevereiro de 2024.
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De acordo com o Plano Diretor Municipal de Sintra (PDM) o solo urbano naquele local, “prevê que, no que define como áreas urbanas, se possam instalar hotéis ou de comércio”, isto é, a “utilização turística como fator de valorização do património”, designadamente de habitação, comércio e serviços, indústria, equipamentos infraestruturas e espaços verdes de utilização coletiva, privilegiando-se o equilíbrio entre os diferentes usos”, refere fonte da autarquia ao Jornal Correio de Sintra.
Assim o local em causa “não está classificado, nem a edificação demolida sujeita a qualquer classificação patrimonial ou proteção especial e, atendendo ao estado de degradação e ruína da construção existente [já demolida], a sua conservação e reabilitação não se afigurava possível nem consentânea com a utilização proposta”, esclarece a autarquia.
No processo licenciado não está indicada a insígnia comercial a instalar, tendo o edifício sido licenciado com uma área de construção de 1186,49m2, num único piso e com 45 lugares de estacionamento exteriores.
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Por outro lado, a edificação proposta “apresenta uma solução arquitetónica que se considerou que se integra na envolvente, em consonância com as demais construções vizinhas, com materiais e cromatismos semelhantes, e contempla a instalação de uma cortina arbórea nas frentes dos arruamentos adjacentes”, pode ler-se.
O projeto mantém, enquanto elemento paisagístico “o local onde existia a captação de águas termais no início do século XX, e promove a beneficiação do espaço público envolvente”, refere a Câmara de Sintra.
As obras de construção da superfície comercial, com despacho favorável da Câmara de Sintra de 25 de Julho de 2023, “respeitam o disposto no PDM”, e já estão em curso, desde 14 de maio, devendo estar concluídas no prazo de 180 dias, de acordo o alvará de licenciamento.
Jornal Correio de Sintra