O Grupo dos Amigos das Árvores de Sintra (GAAS) enviou à Comissão do Ambiente propostas de alteração à lei que regula o Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, para corrigir, ainda nesta legislatura, os critérios para a gestão de combustíveis, ainda nesta legislatura no âmbito das redes secundárias de gestão de combustíveis.
Em comunicado, o GAAS, lembra que a legislação atual não segue uma “série de requisitos”, o que tem “contribuído decisivamente para a desbastação ad-hoc” a que se assiste, inclusive em parques naturais como o de Sintra-Cascais, que motivou a audição no parlamento. De acordo com o Grupo, a atual lei, em matéria dos princípios legais de prevenção e planeamento, “ignora os mais recentes estudos científicos que comprovam a ineficácia das faixas de gestão de combustível, na prevenção e contenção de incêndios”.
Entre outros pontos, destaca as faixas de gestão de combustível nas redes viárias florestal e primária de 6 a 10 metros para cada lado da via, que “destroem o coberto arbóreo e arbustivo saudável”. “Aliado a isso existe uma obrigação de 20 metros onde o distanciamento entre copas deverá ser de 4 metros, o que implica uma devastação florestal de milhares de quilómetros quadrados”, denúncia.
Constatou igualmente que o eixo principal de toda a legislação é a “proteção de pessoas, animais e bens, descurando a proteção do património arbóreo e arbustivo”, e que o arvoredo tem “apenas um interesse económico e de exploração energética em centrais de biomassa”. Pretende ainda que os critérios no âmbito do novo regulamento do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) “sejam amplamente discutidos”.