João Dionísio tem 14 anos, vive na Abrunheira (Sintra) e é apaixonado pelo acordeão. A sua dedicação à música começou cedo e já o levou a conquistar palcos internacionais. No passado mês de maio, arrecadou o 2.º prémio na categoria C2 (dos 13 aos 15 anos) no Concurso Internacional de Acordeão de Pula, na Croácia.
João iniciou os estudos em 2017, na Academia de Música de Alcoitão e desde 2021, integra a Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, onde aprofundou a sua formação e teve acesso a novas oportunidades. Foi no âmbito do projeto “Acordeão em Música Contemporânea e Erudita”, com o professor Paulo Jorge Ferreira, que surgiu a possibilidade de competir em Pula.
“Estou muito feliz com este pequeno passo na minha carreira. É um concurso de outro nível, onde se sente uma energia muito positiva entre concorrentes, professores e público. É algo mesmo admirável”, escreveu o jovem na sua página de Facebook. Apesar do excelente resultado, deixou uma promessa: “Não é o resultado que ambicionava, mas vou voltar mais forte para fazer ainda melhor.”
João já foi distinguido no concurso Folefest 2024, obtendo o 1.º prémio da categoria B e igualmente o prémio melhor intérprete e também o primeiro prémio (Categoria Básico) no 6.º Concurso de Interpretação contemporânea. Foi o 3.º classificado no concurso PIF Castelfidardo, em Itália e participou em Master-Classes com os acordeonistas Paulo Jorge Ferreira, Samuele Telari, José Valente, Ivan Sverko, João Barradas e Geir Draugsvoll.
A ligação ao acordeão tem raízes familiares. “Desde pequeno que o meu avô me incentivou a tocar música popular. Mostrava-me livros e vídeos com este instrumento e, comecei a gostar”. Foi o avô, juntamente com um tio, que lhe compraram o primeiro acordeão. A tia Natália Santos, professora de música, foi outra influência determinante.
Apesar da juventude, o João revela uma maturidade surpreendente. “Não sei se há segredo para o sucesso, mas acredito que o foco, a concentração, o esforço, o trabalho e a disciplina são essenciais, seja na música ou noutra profissão”. E, despede-se com um desejo firme: “O acordeão já faz parte de mim e gostava muito de ser profissional”.
E para que não fique qualquer dúvida sobre a sua paixão pela música em particular pelo acordeão, “só tenho olhos para a música e não me imagino a fazer outra coisa. Espero que a música nunca me abandone e esteja sempre presente na minha vida”, remata.
João Dionísio e o sonho do acordeão
Um pouco por todo o concelho de Sintra, há jovens talentosos que brilham no desporto, na ciência ou em mil outras paixões que abraçam com entusiasmo. Destacam-se pelo seu empenho, criatividade e determinação, tantas vezes longe dos holofotes.









