Ana mendes Godinho | Foto: arquivo

A coligação “As Pessoas, Sempre” (PS/Livre) apresentou a candidatura de Ana Mendes Godinho à presidência da Câmara Municipal de Sintra, num arranque que contou com a presença do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, e do ex-ministro João Soares.

O projeto foi apresentado como uma afirmação em defesa da liberdade e da democracia, contra “retrocessos”, num concelho onde o Chega, partido mais votado nas legislativas de 18 de maio, apresenta a deputada Rita Matias como candidata. Ana Mendes Godinho afirmou que a sua candidatura se posiciona “contra a política do medo, do ódio e da divisão”, frisando que não é dirigida contra adversários, mas “pelo futuro de Sintra”.

Entre as prioridades assumidas está a construção de 10 mil novas habitações até 2030, através de um modelo que combina construção modular, aproveitamento de terrenos e imóveis da Câmara, apoio a senhorios para obras com rendas acessíveis e parcerias com cooperativas e setor privado.

A candidata prometeu ainda concluir a legalização de bairros que vivem na incerteza há décadas. No campo da segurança, anunciou a presença permanente da polícia municipal nas estações de comboio, a exigência de que a autarquia passe a gerir esses espaços e a criação de novas esquadras em Agualva-Cacém e Queluz, bem como a implementação de videovigilância em ruas principais.

A mobilidade surge também como eixo central da candidatura, com a proposta de transformar a Linha de Sintra num “metro de superfície”, com comboios a cada dez minutos, reforçada por linhas rápidas de autocarros até ao Metro da Pontinha. Ana Mendes Godinho comprometeu-se igualmente a lutar pelo fim das portagens da A16 para residentes e trabalhadores e pela concretização de projetos rodoviários pendentes, como a circular poente ao Cacém.

Outro dos temas destacados foi a limpeza urbana, com a promessa de duplicar o investimento anual de seis para doze milhões de euros, contratar mais trabalhadores, adquirir veículos e modernizar equipamentos. A candidata quer ainda lançar um programa de requalificação do espaço público, em articulação com as juntas de freguesia, abrangendo ruas, pracetas, jardins e parques infantis.

No plano social, propôs a criação de seis mil vagas em creches, a expansão do pré-escolar e programas de atividades para crianças fora do período letivo. Para os mais velhos, defendeu uma rede de envelhecimento ativo, serviços de proximidade, novas soluções de habitação colaborativa e um botão de alarme ligado aos bombeiros para combater o risco de isolamento.

Na área da saúde, prometeu disponibilizar 200 casas para atrair médicos e enfermeiros, implementar um programa de médico ao domicílio para idosos e lançar uma rede piloto de transporte escolar que assegure confiança e segurança nas deslocações.

Já no plano económico, defendeu a criação de uma Agência para o Investimento em Sintra e de academias de formação em áreas estratégicas, com o objetivo de posicionar o concelho como motor de crescimento da Área Metropolitana de Lisboa e aumentar os rendimentos médios da população.