Depois de mais de 50 anos de persistência e resiliência, “a população da Várzea de Sintra, vai contar “finalmente com a sua igreja”, que será inaugurada no dia 7 de Dezembro, às 10h00, no decorrer de uma Eucaristia presidida por D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa.

“O projeto representa um sonho antigo da população, há mais de meio século, mas que adiado ao longo dos anos pelas mais diversas razões”, como a falta de apoio financeiro e “vontade para a concretização do projeto”, conta o padre Armindo Reis. “Agora, finalmente, a Várzea de Sintra vai ter a sua Igreja”, refere com evidente satisfação, o pároco, que tomou pulso da obra em 2014, que integra a Paróquia de São Martinho.

(…) “Tem sido uma luta muito grande desta comunidade, que nunca desistiu” — Pe. Armindo Reis

A sua construção foi desenvolvida em duas fases, sempre muito sujeita à disponibilidade financeira. A primeira empreitada contemplou a construção da estrutura do edifício e a segunda para a conclusão da obra. Com um custo inicial estimado na ordem dos 350 mil euros, grande parte da verba angariada foi resultado de iniciativas locais e doações. “A falta de meios financeiros obrigou a muitas paragens, com o consequente aumento de custos, quase duplicando o valor final da obra”.

O sacerdote recorda que, quando decidiu avançar com a construção da Igreja da Várzea de Sintra, “havia muito pouco dinheiro”. O projeto inicial, mais ambicioso e dispendioso, acabou por ser abandonado em 2013, quando a Câmara Municipal de Sintra informou que o terreno era mais pequeno do que o previsto. “O plano deixou de fazer sentido, porque o edifício não cabia no terreno, e tivemos de recomeçar tudo de novo, com um projeto mais simples. Mais tarde a Câmara veio a repor o tamanho inicial do terreno, mas já tínhamos feito outro projeto!”

“A falta de meios financeiros obrigou a muitas paragens, com o consequente aumento de custos, quase duplicando o valor final da obra” — Pe. Armindo Reis

“Foi difícil e sem grandes apoios financeiros, a Paróquia tem contado com pequenas contribuições, mas todas elas de grande importância” para a concretização deste sonho antigo da comunidade da Várzea de Sintra. “Devo dizer que o atual empreiteiro da empresa Simplício e Jordão tem sido muito generoso connosco, não cobrando muitos materiais e oferecendo até mão-de-obra”, faz questão de sublinhar o padre Armindo Reis.

O novo equipamento comunitário conta com a igreja, uma casa mortuária, um salão multiusos para eventos culturais e comunitários, salas de formação e apoio social e ainda uma zona de café.

(…) “Se valeu a pena, claro que sim” — Pe. Armindo Reis

Pensativo, “tem sido uma luta muito grande desta comunidade, que nunca desistiu”, sublinha o padre Armindo Reis, agradecendo a “ajuda de muitos paroquianos”, também da União das Freguesias de Sintra e mais recentemente da Câmara Municipal de Sintra. “Mesmo ainda com algumas dívidas, acreditamos que conseguiremos suportar os custos totais desta obra, se Deus quiser”. “Se valeu a pena, claro que sim”.