Lourenço Madeira Micael tem 9 anos e começa a fazer nome no motocross nacional. Muito competitivo, o jovem piloto de Sintra está atualmente a disputar, pela segunda vez o Campeonato Nacional de Motocross na categoria MX50, representando a Team Racing 25, equipa que tem acreditado no seu potencial desde o início.
O Lourenço começou a andar de mota muito antes de enveredar pela competição. O gosto pelas duas rodas veio de casa: o pai, foi a grande inspiração. “Comecei a andar na mota que era da minha irmã e ia ver as provas do meu pai”, conta o jovem que aceitou o desafio do pai, aos 6 anos.
Há três anos a treinar motocross com regularidade, o Lourenço encara a modalidade com seriedade e ambição. “Quero um dia chegar ao pódio com frequência e ser um bom piloto”, afirma. E já tem motivos para se orgulhar. O ano passado, alcançou o 1.º lugar numa prova de resistência em todo-o-terreno, uma prova em pista fechada onde vence quem completar mais voltas num determinado tempo.
A sua rotina é dividida entre a escola, o lazer e os treinos. Durante a semana, a prioridade são os estudos e o descanso. Os treinos acontecem aos fins-de-semana, e antes das provas, também às quintas ou sextas-feiras. A logística é assegurada pelos pais, que são presença constante e apoio fundamental em todas as competições.
“A minha família é muito importante. São eles que me levam aos treinos e ajudam nas provas”, sublinha o Lourenço, que também destaca a amizade com dois colegas de pista como um fator extra de motivação. “Damo-nos muito bem e, nas provas, incentivamo-nos uns aos outros. É um bom desporto entre amigos.”
Com uma personalidade marcada pela persistência e pela determinação, diz que “desistir não é opção, independentemente do resultado”. Entre os ídolos que o inspiram estão nomes bem conhecidos da modalidade como Sandro Lobo, Tomás Santos, Ricardo Ayres e Guilherme Rocha. No todo-o-terreno, admira António Maio e Paulo Cardoso, este último responsável pela sua equipa atual.
Apesar de reconhecer que fazer do motocross uma carreira profissional é um desafio difícil em Portugal, o Lourenço não abdica de sonhar alto. “Gostava muito de um dia correr o Rali Dakar, como o António Maio”.
Questionado sobre a felicidade, a resposta é rápida: “Sou feliz. Tenho uma família que gosta muito de mim e que me ajuda a conquistar o que quero.” A mensagem que deixa a outros jovens: “Não desistam dos vossos sonhos”.
