Marco Almeida é o novo presidente da Câmara Municipal de Sintra, após vencer as eleições autárquicas apoiado pela coligação PSD/Iniciativa Liberal/PAN, encerrando assim 12 anos de governação socialista no concelho.
O novo autarca obteve 33,86% dos votos, elegendo quatro vereadores, e superou Ana Mendes Godinho, candidata do PS/Livre, que ficou em segundo lugar com 31,67% e o mesmo número de mandatos. Rita Matias, do Chega, assegurou o terceiro lugar com 23,38% e três vereadores eleitos.
Com esta vitória, Marco Almeida sucede a Basílio Horta (PS), que liderou a autarquia sintrense durante três mandatos consecutivos.
“Devolver Sintra aos sintrenses” — Marco Almeida
No discurso da noite eleitoral, Marco Almeida quando já estavam apuradas nove das 11 freguesias, agradeceu aos eleitores e destacou que “o novo ciclo autárquico será marcado por anos de qualificação do concelho, sobretudo no que diz respeito às infraestruturas”. O autarca prometeu ainda “devolver Sintra aos sintrenses”, frisando a importância de “reacender o orgulho de viver no concelho e de serem verdadeiramente sintrenses em todas as dimensões”.
“Agradeço aos sintrenses a participação eleitoral e o voto de confiança que manifestaram à coligação Sempre com os Sintrenses, composta por independentes e pelos partidos PSD, Iniciativa Liberal e PAN. Esta coligação original vai permitir devolver Sintra aos sintrenses”, afirmou.
“Sei que muitas vezes foi incompreendido, mas acredito que valeu a pena. Devolvemos a liderança de Sintra ao PSD e a uma coligação de partidos” — Marco Almeida
A vitória de Marco Almeida surge após uma trajetória de mais de uma década na política local. Em 2013, concorreu como independente, encabeçando a lista Sintrenses com Marco Almeida, em oposição ao PSD. Quatro anos depois, liderou uma coligação entre PSD/CDS-PP/PPM/MPT, acabando derrotado por Basílio Horta.
À terceira vez, a aposta na aliança com a IL e o PAN revelou-se decisiva. No discurso, o novo presidente agradeceu a Fernando Seara, que encabeçou a lista à Assembleia Municipal, e deixou “um profundo agradecimento” a Manuela Ferreira Leite.
Dirigiu ainda palavras ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, elogiando a sua confiança na coligação: “Sei que muitas vezes foi incompreendido, mas acredito que valeu a pena. Devolvemos a liderança de Sintra ao PSD e a uma coligação de partidos.”
“A minha linha vermelha é a incompetência” — Marco Almeida
Sem maioria absoluta, Marco Almeida garantiu que a gestão do município será feita com base na “competência” e não em filiações partidárias. “A minha linha vermelha é a incompetência. Quero vereadores com currículo, que tenham a sua vida e saibam o que fazem”, afirmou.
O novo autarca reconheceu o papel do PS e do Chega, que também elegeram vereadores, e prometeu distinguir “as pessoas, não os partidos”.
Em relação ao CDS-PP, que optou por não integrar a coligação após negociações falhadas com a IL, Almeida foi direto: “O CDS desapareceu do mapa em Sintra, e isso tem um responsável. Os militantes certamente apurarão essa responsabilidade.”
