O andebol no Clube Atlético do Cacém é já uma referência na formação de novos atletas, com a equipa sub-18 masculina a chegar ao nacional de andebol da 1.ª divisão, já na próxima época. Contudo, o pavilhão desportivo da Escola Gama Barros está encerrado ao clube, com a “interdição aos balneários”, desde fevereiro devido a caso de legionela.
“Por convite do presidente do Clube Atlético do Cacém, iniciamos o projeto do andebol, em 2018 e no ano seguinte fomos com duas equipas “minis” a um encontro na cidade de Guarda”, recorda Luís Ribeiro, para  dizer que simbolicamente este foi o momento que marcou o arranque da modalidade no clube, só ‘travado’ durante o período da pandemia, retomando depois o ritmo com o alargamento do andebol a outros escalões, masculino e feminino, reunindo atualmente mais 160 atletas que se dividem pelos pavilhões desportivos das Escolas António Sérgio (Cacém), Gama Barros (Cacém) e na Rainha Dona Leonor (S. Marcos).
Cinco anos depois e com a época desportiva a terminar, “o balanço não podia ser mais positivo”, em particular para as equipas de sub-16 e sub-18, que conseguiram esta época, chegar à fase de apuramento para o nacional de  andebol, sobretudo a equipa de sub-18 que conquistou mesmo a subida de divisão. “Em Lisboa das nove equipas  que passaram à fase nacional, o Atlético do Cacém foi uma das cinco equipas apuradas para a 1ª divisão Nacional na próxima época”, sublinha com orgulho, Luís Ribeiro.

Sem pavilhão para treinar

Contudo o treinador não esconde alguma “preocupação”, porque a equipa continua sem local para treinar, já que o pavilhão Desportivo da Escola Gama Barros, no Cacém, está encerrado desde fevereiro, devido a casos de legionela, detetados na ocasião.

“O pavilhão permite a prática desportiva, mas os balneários permanecem interditados”, lamenta o técnico, acrescentando que “desde essa altura, nunca mais treinamos nem jogamos neste pavilhão. Era a ‘nossa casa’ e agora temos treinado  nos pavilhões municipais da Serra das Minas e em Casal de Cambra”, solução encontrada por sugestão da Câmara de Sintra.

Luís Ribeiro, rejeita que se trate de “má vontade” da Escola, até porque a decisão de encerramento do pavilhão ao clube foi camarária, uma vez que o balneário não recomenda o seu uso, mesmo para alunos da escola.

Com a equipa de sub-18 de andebol a jogar na 1.ª divisão nacional, o técnico não esconde algum “stress e ansiedade”, por não saber ainda onde vai jogar a sua equipa, na próxima época.

“Estamos preocupados por não saber-mos como programar a época, nomeadamente em que pavilhão vamos jogar, em que moldes e como  orientar e organizar a nossa estrutura desportiva e de competição até perante a Federação de Andebol”, questiona-se Luís Ribeiro, considerando uma “situação incómoda” que a autarquia está a tentar resolver, nas palavras do técnico.

Para a próxima época, o grande objetivo do andebol do Clube Atlético do Cacém, é “cimentar o projeto”, quer na comunidade quer junto dos pais, refere o responsável. “Trabalhamos com as escolas através das atividades extracurriculares em vários agrupamentos de escolas do concelho, promovendo a modalidade que está numa fase de crescimento de atletas”.

Modalidades praticadas

A época desportiva foi plana de atividades e bons resultados não só na formação, como na conquista de resultados. O Andebol Clube do Cacém, conta com atletas masculinos e femininos divididos por vários escalões.
Masculinos: Minis; Infantis; Sub-14: Sub-16; Sub-18, Equipa Sénior e Veteranos. No escalão feminino: “Minis”; Sub-14; Sub-18; Sub-21 e Equipa Sénior Feminina.