Ana Paula Martins, ministra da Saúde; Basílio Horta, presidente da CMS e Luís Montenegro, primeiro-ministro inauguram o novo Hospital de Sintra

Foi hoje inaugurado esta segunda-feira, o novo Hospital de Sintra, uma infraestrutura há muito aguardada na região de Lisboa e Vale do Tejo, que promete aliviar a pressão sobre o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), respondendo de forma mais eficaz às necessidades de cerca de 550 mil utentes dos concelhos de Amadora e Sintra.

Com construção iniciada em 2021, a nova unidade hospitalar localiza-se no Casal da Cavaleira, freguesia de Algueirão-Mem Martins. Representa um investimento total de aproximadamente 81 milhões de euros, dos quais 63,8 milhões destinados à construção do edifício e cerca de 17 milhões à aquisição de equipamentos e mobiliário.

O hospital será integrado na Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra e iniciou já no passado sábado, 12 de julho, o funcionamento do Serviço de Urgência Básica (SUB), coincidindo com o encerramento temporário do SUB de Mem-Martins para permitir a transferência dos serviços.

A inauguração oficial decorre esta segunda-feira, marcando o arranque da atividade cirúrgica e do internamento hospitalar, com um modelo de entrada em funcionamento faseado.


Na cerimónia de inauguração do novo Hospital de Sintra, que contou com a presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins e de Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, o primeiro-ministro afirmou que “todos os dias há milhares de confidências de portuguesas e portugueses a assinalar a qualidade da resposta do Serviço Nacional de Saúde”, mas “todos os dias” parece que o país está confrontado “com uma total incapacidade” e defendeu que “a capacidade de resposta não está a diminuir”. “O SNS todos os dias atende milhares e milhares de cidadãos, fá-lo com qualidade, fá-lo com eficiência, fá-lo com humanismo, com humanidade, fá-lo com o reconhecimento dos próprios e das suas famílias. E muitas vezes nós dirigimos palavras de grande reconhecimento aos profissionais de saúde e esquecemos que quando algumas notícias ganham determinada dimensão elas também são ofensivas para os profissionais que estão por trás delas”, defendeu.

Luís Montenegro considerou que os problemas na Saúde “são infelizmente clássicos, vêm de há muitos anos”, mas quis também “reconhecer aquilo que é feito”.

Na ocasião, Basilio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra, considerou que o novo Hospital de Sintra foi pensado para servir as pessoas “independentemente do seu estatuto”, salientando que foi construído sem qualquer financiamento do Estado, e que representando um investimento da autarquia de cerca de 70 milhões de euros.

“A construção foi feita toda em autofinanciamento de cinco anos. Não temos um cêntimo da Europa, nem do Estado central. E, isso, deve encher-nos de orgulho, nomeadamente aos nossos contribuintes que pagaram, porque desviaram do seu dinheiro para investirem na sua saúde e fizeram bem, porque é um investimento excecionalmente importante”, destacou o autarca.

Por seu turno, Carlos Sá, presidente do conselho de administração da ULS Amadora-Sintra, a nova unidade permitirá “cuidados mais diferenciados e mais próximos das populações”, reforçando a capacidade assistencial da região “ao nível da consulta, cirurgia, internamento e urgência”.


Além da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e do primeiro-ministro, Luís Montenegro, na cerimónia de inauguração estiveram presentes os antigos ministros da Saúde socialistas Adalberto Campos Fernandes, António Correia de Campos e Maria de Belém Roseira.

Com uma área total de 59.500 m² (dos quais 10.500 m² são área coberta), o novo Hospital de Sintra dispõe de 60 camas de internamento, serviço de ambulatório, consultas externas, unidade de saúde mental, medicina física e reabilitação, bloco operatório para cirurgia de ambulatório, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, farmácia, unidade de esterilização e ainda um espaço dedicado à formação.

O SUB tem uma capacidade estimada para 60 mil atendimentos anuais, o que corresponde a cerca de metade do volume que atualmente recai sobre o Hospital Amadora-Sintra.

A entrada em funcionamento do novo hospital surge como resposta estruturante à sobrecarga vivida nas unidades hospitalares da região, sendo considerado um passo decisivo na reorganização e reforço da rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde na Grande Lisboa.

Valências e Especialidades:
Pneumologia

Serviços Clínicos:
Medicina Interna
Cirurgia Geral
Ortopedia
Ginecologia e Obstetrícia
Pediatria
Unidade de Saúde Mental
Medicina Física e de Reabilitação

Meios Complementares de Diagnóstico:
Imagiologia (TAC, Ressonância Magnética, Ecografia)
Laboratório de Análises Clínicas
Cardiologia