O Sabugo volta a encher-se de cor, alegria e tradição com a sua Marcha Popular, que traz como tema “A Flor”. Uma homenagem sentida à natureza e ao espírito comunitário desta aldeia na União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar.
Representando a União Desportiva e Recreativa Sabuguense, a marcha conta com 42 marchantes que dão corpo e alma à ideia “Sabugo, uma aldeia florida”, contando ainda com Leonor Costa na Comissão da Marcha, José Guerra (Ensaiador) e Antónia Silva (Madrinha) e José Silva (Padrinho).
A letra foi construída com a ajuda de um dos habitantes mais antigos da localidade, evocando memórias, aromas e cores que fazem parte da paisagem e da identidade do Sabugo.
Toda a encenação e coreografia foram pensadas ao detalhe por Célia Guerra Luz, responsável artística da marcha. “À medida que pensava nas coreografias, ia escrevendo e desenhando. Depois era preciso passar à prática, acertando e ajustando os passos e a dança ao ritmo da música”, partilha. O processo, embora desafiante, foi vivido com paixão e espírito de entrega. “Tem sido muito gratificante”, refere.
O Sabugo viu a sua tradição atrair não só habitantes locais, mas também marchantes vindos de várias zonas do concelho, sobretudo das áreas urbanas, e com origens profissionais tão diversas como os próprios participantes. “Há pessoas que vieram por convite de amigos, por curiosidade, e agora não querem outra coisa. Estão a adorar a experiência”, diz Célia Luz, destacando o ambiente de união, partilha que se viveram nos ensaios e agora nas atuações públicas, já com várias saídas realizadas.
O figurino não podia ser mais simbólico: os homens desfilam como jardineiros, de regador na mão, enquanto as mulheres brilham – literalmente – representando as flores, cheias de cor e elegância.
Dar vida a esta marcha exigiu também muito trabalho fora do palco. Foram necessárias ações de angariação de fundos, como bailes, almoços, caminhadas, para conseguir suportar os custos com tecidos, confeção dos fatos, acessórios e todos os materiais que fazem esta marcha acontecer.
“O que vivemos diariamente, as dificuldades que tivemos de ultrapassar, mas foi muito gratificante”, conclui Célia Luz, com a certeza de que a tradição da marcha não só se mantém viva, como floresce, ano após ano, no coração do Sabugo.
Video de marcha, AQUI.
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