As comissões e movimentos de utentes da região de Sintra vão realizar, no dia 18 de novembro, uma ação de protesto na Estação da CP de Sintra, entre as 05h00 e as 07h00, para denunciar o estado de degradação do serviço público ferroviário.
A iniciativa integra-se numa semana nacional de protestos, promovida pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), que decorre entre 17 e 21 de novembro em vários pontos do país.
Segundo os organizadores, os problemas que afetam diariamente os passageiros “são conhecidos e transversais”, atingindo tanto zonas urbanas como rurais. Entre as queixas mais recorrentes estão a falta de comboios, autocarros, metro, barcos e até ascensores, além do que consideram ser as “três grandes ausências”: investimento público, opção política e vontade.
A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) dá conta firma de um número crescente de reclamações relacionadas com supressões constantes de comboios, atrasos frequentes, sobretudo nas horas de ponta, “más condições de higiene, estações encerradas, avarias em máquinas de bilhetes, bem como falta de manutenção da infraestrutura ferroviária”. A comissão de Utente salienta ainda “os repetidos incumprimentos nos contratos de aquisição de novas composições e a falta de material circulante para garantir um serviço regular”.
Os utentes denunciam ainda as condições “desumanas” a que estão sujeitos durante as horas de maior afluência, lembrando que, fora desses períodos, noites e fins de semana, o serviço “não funciona melhor”. A necessidade urgente de requalificação de várias estações é outro dos problemas apontados, nomeadamente Algueirão/Mem Martins (a única estação da linha sem cobertura), Queluz-Belas e Portela de Sintra, ambas com infiltrações.
Para a Comissão de Utentes, é essencial modernizar os transportes públicos, tornando-os mais eficientes, confortáveis e articulados entre si, de forma a promover uma verdadeira mudança de hábitos, reduzir o uso do automóvel e contribuir para a descarbonização.
A CULS reforça que, “porque a mobilidade é um direito”, continuará a lutar por mais e melhores comboios na Linha de Sintra.
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